Um emocionante romance de estreia contado a três vozes diferentes, Os Brancos Também Sabem Dançar é a reflexão e a celebração de Kalaf Epalanga sobre a música da sua terra natal, o entrelaçamento de raízes culturais, a liberdade e o amor.

​

Foi preciso ser apanhado numa fronteira sem documentos para me aperceber de que sempre fui uma espécie de prisioneiro. O Kuduro tinha sido o meu passaporte para o mundo e, graças a ele, tinha viajado para sítios que nunca sonhara visitar. Mas mal sabia eu que estava o caldo entornado...

​

Horas antes de atuar num dos festivais de música mais emblemáticos da Europa, Kalaf Epalanga é detido na fronteira por suspeita de imigração ilegal. Encurralado, os seus pensamentos começam logo a vibrar ao ritmo do kuduro, a música angolana, infundida de techno, que o levara de Luanda a Kristiansund, de Beirute ao Rio de Janeiro, de Paris a Lisboa.

​

Entre as suas reflexões de prisioneiro e as histórias de Sofia - amiga de Kalaf no centro da cena de dança lisboeta - e do “Viking”, o funcionário da imigração que tem o destino de Kalaf nas mãos, Os Brancos Também Sabem Dançar é uma celebração da música da terra natal de Epalanga e um hino hipnótico às raízes culturais, à liberdade e ao amor.